A história da supermotard começa em 1979 nos Estados Unidos, com o conceito original de superbikers criado pelo promotor de corridas Gavin Trippe para um programa de televisão. O objetivo era encontrar o piloto mais versátil, combinando elementos de flat track, motocross e corridas de estrada em uma pista mista.
Esse estilo ganhou popularidade na Europa, especialmente na França, onde se originou o termo “supermotard”. A marca italiana Gilera é reconhecida por ter levado o estilo para as ruas, com o lançamento da Gilera Nordwest em 1991, sendo considerada a criadora do estilo supermotard na indústria de motocicletas.
A entrada da Ducati no cenário
Anos mais tarde, a Ducati, muitas vezes apelidada de “A Ferrari das motos”, marcou sua entrada no segmento com a apresentação de um protótipo que reinventou a supermotard: a Hypermotard 1100.
Agora, durante o salão EICMA 2025, com abertura ao público no dia 6 de novembro, a Ducati eleva o padrão mais uma vez. A marca revela a nova Hypermotard V2 e sua versão ainda mais extrema, a V2 SP. O novo modelo se destaca por ter menos peso, mais potência e uma injeção direta de DNA das superbikes da marca.
Design icônico e versão SP
O visual da nova Hypermotard V2 preserva a essência que a transformou em um ícone, mantendo os escapamentos duplos elevados, o tanque dividido e a traseira compacta. No entanto, o design foi reinterpretado com linhas mais afiadas, minimalistas e tecnológicas.
A versão V2 SP é voltada para o desempenho em pista, incorporando componentes premium como rodas forjadas brancas, suspensão Öhlins, para-lama em fibra de carbono e uma pintura comemorativa dos 20 anos da linha Hypermotard.
Potência e desempenho
No coração da nova Hypermotard está o novo motor V2 de 890 cm3, que é o bicilíndrico mais leve já produzido pela Ducati. Ele desenvolve 120 cv de potência e 9,6 kgfm de torque. Graças ao comando variável IVT, 70% do torque está disponível já a 3.000 rpm, garantindo uma resposta imediata e entrega de potência linear.
A nova Hypermotard é sinônimo de aceleração explosiva e agilidade instintiva. A versão base está 13 kg mais leve que a anterior (e a SP, 14 kg mais leve) e possui relações de marcha mais curtas, contribuindo para seu desempenho superior.
Chassi e ergonomia
A moto utiliza um chassi monocoque de alumínio, onde o motor atua como parte estrutural. Este sistema trabalha em conjunto com um braço oscilante duplo, inspirado na Panigale V4.
A ergonomia foi projetada para manter o espírito supermotard, com guidão largo, corpo estreito e um assento antideslizante que coloca o piloto em uma posição de controle total.
Tecnologia embarcada
O conjunto eletrônico é notável e sofisticado, incluindo uma plataforma inercial de 6 eixos, ABS Cornering, controle de tração, controle de empinada e quatro modos de pilotagem. Todas as informações são exibidas em um painel TFT de 5” com três layouts de exibição.
A versão SP adiciona recursos voltados para a pista, como o Power Launch e o Pit Limiter.
Com a Hypermotard V2, a Ducati não apenas homenageia uma lenda, mas reafirma o espírito rebelde e visceral que sempre definiu este modelo. É uma celebração de 20 anos focada no que é mais importante em Borgo Panigale: pura diversão sobre duas rodas.
