Motos

Honda investirá R$ 1,6 bilhão na fábrica de Manaus até 2029

A Honda encerrou o primeiro semestre de 2025 com uma participação de 67,42% no mercado brasileiro de motocicletas. Apesar dessa liderança incontestável, a marca anunciou um investimento de R$ 1,6 bilhão na sua fábrica de Manaus (AM) até 2029. O objetivo principal é ampliar e flexibilizar a capacidade de suas linhas de montagem, além de outras ações estratégicas.

A planta de Manaus, que iniciou as atividades em 1976 e está prestes a completar 50 anos, já possui a cadeia produtiva mais verticalizada do mundo entre todas as fábricas da Honda. Atualmente, a fábrica opera acima dos 90% de sua capacidade anual de 1,5 milhão de motocicletas, dependendo de horas extras e com pouca margem de erro. A marca escoa a produção de seus 20 modelos através da sua rede de 1.100 pontos de venda espalhados pelo Brasil, a maior entre as montadoras de motocicletas no país.

Detalhes da ampliação e objetivos

Com o investimento, a Honda planeja aumentar a capacidade produtiva para 1,6 milhão de motocicletas ao ano, o que representa um acréscimo de 100 mil unidades. Para isso, serão contratados mais 350 funcionários, elevando o quadro total de empregados de 8.650 para 9.000 pessoas.

O dinheiro, no entanto, não será usado apenas para a expansão da capacidade. A empresa declarou que o valor também será destinado para:

  • Renovação de produtos e lançamento de novos modelos.
  • Trabalho na distribuição e no desenvolvimento de fornecedores.

A Honda projeta que o segmento de motocicletas no Brasil continuará aquecido nos próximos anos. O investimento visa, portanto, flexibilizar as linhas de montagem para que possam se adaptar melhor a futuros aumentos de demanda. Outro objetivo é integrar melhor as áreas produtivas à linha de montagem, buscando eficiência.

Como exemplo de eficiência, a marca citou a Linha 1, responsável pela montagem dos modelos CG 160, Biz e Pop 110i, onde uma nova moto sai a cada 19 segundos. A meta é que as demais linhas atinjam desempenho similar, com a fábrica montando 7.000 motocicletas por dia já no início de 2025.

Eletrificação e o futuro da tecnologia Flex

A Honda mantém a discrição sobre seus planos futuros de modelos, e isso se estendeu à discussão sobre a eletrificação (motos híbridas ou elétricas) no mercado brasileiro. A curiosidade sobre o tema é grande, visto o crescimento desse segmento no país.

A posição da Honda é de que ela oferece em cada mercado as soluções mais adequadas, considerando o uso, as necessidades e a estrutura local. No Brasil, o foco continua na tecnologia flex, batizada pela empresa de Flex One. Essa tecnologia seguirá como carro-chefe da marca em sua trajetória para se tornar neutra em emissão de carbono até 2050.

Embora motos elétricas ou híbridas não estejam totalmente descartadas (a Honda já possui esses produtos em outros países), a empresa indica que, na ausência de uma demanda forte do mercado nacional por esses produtos, é difícil imaginar que sejam lançados por aqui no curto prazo.

Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

To Top